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Tecnologia

Sol artificial da China bate recorde de fusão nuclear

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Crédito: Academia Chinesa de Ciências

Na última quarta-feira (12), a China atingiu um novo marco no campo da fusão nuclear, com o Supercondutor Avançado Experimental Tokamak (EAST, na sigla em inglês), também chamado de Sol artificial.

Um plasma de fusão superquente foi gerado, sustentado e confinado por 403 segundos pelo reator, trazendo a energia de fusão em escala comercial um passo mais perto da realidade.

A conquista quebra o recorde anterior do reator de plasma de alto confinamento em estado estacionário, que foi estabelecido em 2017, em 101 segundos.

O que é e como funciona o Sol artificial da China

Localizado no Instituto de Física de Plasma da Academia Chinesa de Ciências, em Hefei, o dispositivo é referido como o Sol artificial da China por produzir energia de forma semelhante à que faz a nossa estrela.

No caso do EAST, e de muitos outros reatores, dois átomos de hidrogênio são impulsionados juntos com tal força que se combinam em um único átomo de hélio maior, liberando enormes quantidades de energia durante o processo.

Ao contrário da fissão nuclear – a reação nuclear que é atualmente usada no setor de energia – a fusão não cria resíduos radioativos. Além disso, produz de três a quatro vezes mais energia e não libera dióxido de carbono na atmosfera, ao contrário da queima de combustíveis fósseis.

No entanto, a fusão requer grandes quantidades de energia para atingir a temperatura e a pressão necessárias para a reação. Para alcançar essas condições, o EAST conta com um aparato chamado tokamak, uma máquina em forma de rosquinha que usa ímãs poderosos para conter um fluxo circular de plasma superquente.

O plasma – por vezes considerado o quarto estado da matéria – é criado quando os átomos são aquecidos a temperaturas tão altas que são dilacerados, resultando em uma “sopa” de elétrons carregados negativamente e íons carregados positivamente.

Esses íons carregados positivamente geralmente se repelem, mas, no Sol, uma alta pressão é criada por suas intensas forças gravitacionais que mantêm os íons juntos e superam essa repulsão.

No entanto, na Terra, é quase impossível replicar esse processo, motivo pelo qual o plasma deve ser aquecido ainda mais, a temperaturas cerca de seis vezes mais altas do que a do centro do Sol.

Para manter essas temperaturas superquentes, o plasma deve estar confinado em uma pequena área, que é onde entram os ímãs. “Essencialmente, você tem um sistema de ímãs muito grandes”, disse Tony Langtry, chefe de engenharia da empresa de fusão Tokamak Energy, com sede no Reino Unido, ao site Newsweek.

Ele explica que o campo necessário para controlar o plasma é gerado pela passagem de enormes correntes através de grandes condutores. “À medida que a corrente passa por esses condutores, eles geram campos magnéticos e, como o plasma também tem uma corrente, ele reage e pode ser controlado por esses campos”.

Antes, metais como o cobre eram usados para criar esses ímãs. No entanto, quando uma corrente é passada através desses materiais convencionais, sua estrutura tende a resistir ao fluxo de eletricidade, o que significa que parte da energia colocada será desperdiçada.

Uma das características que permite que o EAST atinja e mantenha altas temperaturas de forma eficiente é o uso de ímãs supercondutores – materiais que produzem resistência zero e nenhum calor residual sob as condições certas.

Colaboração internacional

De acordo com Tim Bestwick, diretor de tecnologia da Autoridade de Energia Atômica do Reino Unido, estender o tempo para um plasma sustentado e controlado como esse envolve três fatores. “Ter máquinas que possam funcionar por longos períodos; ser capaz de fornecer energia de aquecimento sustentada para o plasma; e ser capaz de monitorar e controlar o plasma”.

O Sol artificial da China iniciou suas operações em 2006 e contribuiu para a colaboração de 35 anos entre o país, a União Europeia, a Índia, o Japão, a Coreia do Sul, a Rússia, o Reino Unido e os EUA, para desenvolver e otimizar a maior máquina tokamak do mundo, chamada ITER, que está atualmente em construção na França.

Espera-se que o ITER (sigla em inglês para Reator Termonuclear Experimental Internacional) produza seu primeiro plasma no final de 2025, com operações em grande escala começando após 10 anos.

Fonte: https://olhardigital.com.br/

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Tech

Saiba como compartilhar sua localização em tempo real pelo celular

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Compartilhar a localização com amigos e familiares pode ser uma opção para quem busca ter mais segurança ou quer encontrar outras pessoas mais facilmente.

E vários aplicativos têm recursos que permitem enviar seu endereço em tempo real. Entre eles, estão o Google Maps, o WhatsApp e o Instagram, que permitem enviar a localização por mensagem.

Para garantir privacidade, os três deixam definir o intervalo que a informação será compartilhada com terceiros. Também é possível interromper a localização a qualquer momento, antes mesmo de terminar esse prazo.

Confira abaixo como usar os recursos em cada aplicativo.

Google Maps

– No Google Maps, toque na sua foto de perfil;
– Clique em “Compartilhar local” e confirme novamente no outro botão “Compartilhar local”;
– Defina quanto tempo o compartilhamento vai durar (ele pode ficar ativo até você desativá-lo);

– Escolha um contato do Google ou selecione um aplicativo como WhatsApp para enviar sua localização (por link) para um amigo ou familiar.

O aplicativo pode pedir permissão para acessar sua localização. E, além de enviar seu nome, sua foto e o local do celular, ele informa o nível de bateria do aparelho e seus horários de chegada e partida.

Para interromper, toque novamente em sua foto no Google Maps, clique em “Compartilhar local”, toque em um dos compartilhamentos ativos e clique em “Parar”.

O Google Maps também permite compartilhar o horário estimado de chegada. Para isso, defina o seu destino e inicie a navegação.

Depois, toque em “Mais”, em “Compartilhar viagem” e escolha para quem enviar. O compartilhamento acaba quando você chega ao local de destino ou sai da navegação.

WhatsApp

– Na conversa, toque no ícone do clipe de papel, no Android, ou no ícone “+”, no iPhone;
– Selecione “Localização”;
– Clique em “Localização em tempo real”.
– Escolha por quanto tempo você quer compartilhar sua localização (15 minutos, 1 hora ou 8 horas) e, se quiser, adicione um comentário;

– Clique no ícone de “Enviar”.

Se essa for a primeira vez que você compartilha sua localização, o WhatsApp pede permissão para acessá-la.

Para interromper o compartilhamento, clique em “Encerrar”, no Android, ou em “Parar de compartilhar”, no iPhone.

Se quiser parar de enviar a localização em todas as conversas, vá às configurações do WhatsApp e siga este caminho “Conta > Localização em tempo real > Encerrar”, no Android, ou “Privacidade > Localização em tempo real > Parar de compartilhar > Parar de compartilhar”, no iPhone.

Instagram

– Na conversa, toque no ícone “+”;
– Selecione “Localização”;
– Clique em “Compartilhar sua localização”.

Ao compartilhar pela primeira vez, o Instagram pede para confirmar clicando no botão “Continuar”. Depois, a localização será compartilhada durante uma hora. Para interromper, clique em “Parar de compartilhar a localização”.

 

Fonte: Sete Segundos

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Eleicões 2024

TSE acende alerta sobre ‘influenciadores sintéticos’ na campanha eleitoral

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Personagens de Inteligência Artificial ficam em limbo jurídico; comitê do GSI aciona Cármen Lúcia.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entrou em alerta sobre a atuação de influenciadores digitais “sintéticos” — isto é, criados por inteligência artificial (IA) — durante a campanha eleitoral.

Segundo avaliação de técnicos da Corte, há uma preocupação com um “limbo jurídico” para a eventual responsabilização por conduta vedada, uma vez que não são nem pessoas naturais, nem jurídicas.

O tema foi levado na semana passada à presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, por membros do Comitê de Cibersegurança (CNCiber), órgão ligado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Há dúvidas, por exemplo, sobre como combater eventuais discursos de ódio replicados pelos “influenciadores sintéticos” na internet, a pretexto da liberdade de expressão.

Também não há clareza em relação a quem deve responder judicialmente em caso de irregularidades eleitorais: o desenvolvedor da IA, quem eventualmente o patrocina para alguma ação política ou ambos.

A advogada Patrícia Peck, representante da sociedade civil no CNCiber, participou da reunião com Cármen, em um apelo para que o TSE preencha essa lacuna normativa já para o pleito de 2024.

“Permanece a dúvida sobre a como imputar a responsabilidade no uso desse recurso e na fiscalização da transparência para com os usuários das redes”, diz o texto entregue pela especialista à ministra.

Peck diz que o uso de influenciadores fictícios já é uma realidade no mercado publicitário mundial e que as interações com eleitores também devem ser balizadas pelas regras eleitorais vigentes.

Segundo o memorial, a maioria dos perfis de influenciadores “artificiais” nas redes sociais não traz um selo que esclareça tratar-se de IA, o que pode acabar confundindo o eleitorado.

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Policial

Tigrinho: Influencers de AL usavam contas viciadas para enganar seguidores

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Prints de conversas obtidas durante a operação “Game Over” da Polícia Civil de Alagoas revelam que influenciadores alagoanos estavam utilizando contas manipuladas para promover o Jogo do Tigrinho. As contas recebidas pelos influenciadores eram programadas para sempre ganhar, diferente das fornecidas aos demais usuários.

As conversas foram interceptadas pela Polícia Civil de Alagoas após autorização judicial. A investigação apura um suposto esquema de fraude envolvendo influenciadores, agenciadores e intermediários. As mensagens fazem parte do inquérito policial e mostram como os influenciadores recebiam instruções.

Os prints mostram que, ao fecharem negócio, os influenciadores eram informados que receberiam dois links. Um intermediador explicava que uma das contas era uma “demo” com mil moedas de ouro, programada para sempre ganhar, enquanto os seguidores recebiam links para a plataforma normal, com chances reais de perda.

A polícia descobriu que os influenciadores sabiam que iriam ganhar o superprêmio no primeiro jogo, para entusiasmar os seguidores a também jogarem. Além disso, as conversas indicam que os influenciadores ganhavam comissão por captar novos clientes para as plataformas, o que a polícia considera uma prática criminosa.

“Os próprios advogados deles faziam lives falando sobre isso, dizendo que não podem divulgar essa conta demo, que ela é proibida. Então, você está enganando os seus seguidores”, explicou Lucimério Campos, delegado de Estelionatos de Maceió, ao UOL.

A operação continua investigando o esquema e os envolvidos podem ser responsabilizados por fraude e estelionato.

Fonte – Extra

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